segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Algumas razões para não fazer um site em flash

O Flash é, sem dúvida, uma tecnologia excelente para criação de animações multimídias e com grande interatividade. Infelizmente, ele sempre foi utilizado de maneira inadequada por grande parte das empresas. Neste artigo irei abordar algumas razões para não fazer um site em Flash. Sei que irá gerar polêmica, mas os conflitos de ideias é que geram reflexões e novas maneiras de resolver um problema.

Alias, ao invés de pensar em PROBLEMAS, vamos substituir por BENEFÍCIOS. Que benefícios o site deve trazer para o consumidor e para empresa?

O site deve ser uma ferramenta eficaz de atração, comunicação, aprendizado e interatividade com o consumidor, reforçando sua marca e conquistando uma parcela do escasso tempo das pessoas.

“O valor não está na quantidade, seja de pessoas ou acessos, e sim no tempo (que as pessoas gastam no site) e na relevância” - Michel Lent, VP de Criação da Ogilvyinteractive.

Vejamos como é possível usar o flash de forma mais eficaz em seus sites.

01. O Google não indexa bem sites em Flash
Para o Google é importante conseguir ler com facilidade o conteúdo do site, e o flash dificulta esta tarefa. Os defensores do flash podem argumentar que há recursos para permitir que o Google indexe o site, porém vamos ser práticos: isso terá um custo e o cliente terá que arcar com o investimento. Veja o argumento na ajuda do Google:

“No entanto, embora seja possível processar arquivos HTML, PDF e Flash, temos mais dificuldade em entender (rastrear e indexar, por exemplo) o funcionamento de outros formatos de rich media, como Silverlight” - Fonte: ajuda do Google para “meu site não está bem classificado na pesquisa“

02. URLs únicas
Experimente digitar no Google “site:umsiteemflash.com.br” e note que poucas páginas estão indexadas no Google. O site inteiramente desenvolvido com Flash é como um vídeo para o Google, portanto conta apenas uma URL. Ou seja, o Google conseguirá indexar pouquíssimas páginas. Como a URL e o número de páginas são fatores de relevância, o site em flash perde mais pontos no ranking do Google.

03. Maior dificuldade na gestão de conteúdo
Em geral, os sites em flash são desenvolvidos de forma que o cliente dependa 100% do webdesigner para atualizar conteúdo, o que, antigamente, era um ponto a favor do webdesigner, que poderia cobrar do cliente para realizar alterações de textos e fotos. Porém, isso hoje é um ponto negativo, pois a disseminação de CMSs (Content Management Systems) como o WordPress e o Joomla!, um número cada vez maior de clientes percebem que podem (e devem ter um site dinâmico e fácil de atualizar).

A importância de atualizar com frequência o site é o fato do Google “gostar” de sites que publicam novos conteúdos com regularidade, e com isso, ganham pontos no ranking do Google. Além disso, seus clientes também tendem a retornar ao site para APRENDER com as ideias de sua empresa.

04. Dispositivo Móveis não visualizam bem sites em Flash
Já tentou acessar um site em Flash do seu celular ou do smartphone para pegar um telefone ou endereço? É muito complicado e, não raramente, impossível. Veja o excelente texto do Pedro Bombonatti: “o acesso a internet pelo celular deverá superar o acesso pelo computador“.

“Um estudo sobre internet móvel realizado pela Morgan Stanley prevê que o acesso a internet pelo celular deverá superar o acesso pelo computador em cerca de 5 anos. Este estudo aponta a popularização de smartphones, e-readers e tablets e a ampliação das redes 3G e 4G como os
principais fatores que favorecem o aumento no acesso a internet pelo celular” - Pedro Bombonatti.

05. Prejudica as campanhas de Links Patrocinados do Google (adwords)
Uma boa prática nas campanas de AdWords é direcionar o link para uma página interna com informações das PALAVRAS-CHAVE que o usuário pesquisou. Por exemplo: se o internauta pesquisar “marketing no google”, o link deverá direcionar para página com informações sobre o Curso de Marketing no Google da Konfide, no meu caso.

Como o site em Flash não possui URLs para cada conteúdo, pois todos estão dentro do “filme” do Flash, as campanhas de AdWords só conseguem direcionar para a Home Page. O problema é um dos critérios de qualificação do ÍNDICE DE QUALIDADE é a análise da Landing Page (página de aterrisagem), ou seja, o Google analisa se existe, na páginas, a palavra-chave pesquisada, e também se a página demora para carregar. Ops! Sites em Flash demoram para carregar e o Google terá dificuldades para conseguir localizar palavras-chave!

“Cada uma de suas palavras-chave receberá uma nota do tempo de carregamento com base no tempo de carregamento médio das páginas de destino do grupo de anúncios…” - fonte: ajuda do Google para “como o tempo de carregamento afeta a qualidade da minha página destino?“

Conclusão
Recordando as palavras que devem caracterizar um site focado no consumidor: atração, comunicação, aprendizado e interatividade. A conclusão é que a internet trouxe o poder ao consumidor, pois as centenas de opções para consumir conteúdo na internet (blogs, sites de relacionamento, grupos de discussão, sites de vídeos, etc.) tornaram a RELEVÂNCIA uma palavra de ordem primordial. Com isso, um site relevante deve cumprir os seguintes requisitos:

Atrair o consumidor a partir de buscas (ser otimizado com técnicas de SEO) ou através das redes sociais (ter conteúdo de qualidade), comunicar com eficácia os produtos/serviços da empresa (arquitetura de informação e usabilidade), ensinar algo novo para o visitante (conteúdo relevante e exclusivo) e permitir que o visitante possa interagir com
comentários, sugestões, fotos, vídeos, etc. (conteúdo colaborativo).

O site não foi feito para o dono do site e nem para o webdesigner, o site deve ser feito para quem irá visitar o site, também conhecidos como CLIENTES.

Fonte: Imasters

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