segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jornalista da Olé media debate sobre comunicação no Fórum Social Mundial em Porto Alegre

O Fórum Social Mundial, realizado entre os dias 23 e 29 de janeiro, teve uma participação da Agência Olé. O jornalista Pedro Ferraz, produtor de conteúdo e assessoria de imprensa da Olé, mediou e palestrou no Fórum sobre Democracia na Comunicação e novas mídias digitais.

O debate, no sitio do Conexões Globais do evento, tratou de esclarecer ferramentas e modos de utilização dos novos meios de comunicação em massa, Twitter e Facebbok.
“muita gente, em especial no Brasil, utiliza o Facebook apenas como uma rede social, como era o Orkut antes. Mas Orkut e Facebook são ferramentas muito distintas. O Facebook é uma rede de comunicação global, onde grupos de discussões conseguem até se organizar para derrubar governos, como aconteceu em Marrocos, Egito e parte do oriente médio. Aqui no Brasil, ainda estamos engatinhando na utilização dessas novas mídias”, explica Pedro Ferraz.


Sobre o Twitter, a fala foi um pouco mais radical no evento. “Pessoas utilizam o twitter para futilidades, para dizer que comeram pastel, ou que o colega ao lado ta com espinhas. O Twitter hoje serve para a interação forte, quebrando elos de hierarquia de muitos anos. Certa noite, tive uma discussão com o Roger, vocalista do ultraje a Rigor. Se não fosse essa ferramenta, isso nunca seria possível. Claro, eu falo isso fora do campo empresarial, falo do pessoal. As empresas precisam entender que o Twitter é um SAC moderno e dinâmico,mas ultimamente só postam propagandas de si mesma”.


Durante duas horas, foram mostradas ferramentas e meios para utilização dessas novas mídias de massa, além de mostrar onde as pessoas estão se equivocando na utilização desses meios. “Somos parcialmente livres na nossa sociedade, e cada um utiliza a sua rede da maneira que quer. Mas algumas formas realmente não fazem sentido. Pego como exemplo os brasileiros, que apenas migraram do Orkut para o Facebook, não mudaram a maneira de expressar nessas redes. Apenas trocas de palavras e álbum de fotos. Essas redes servem para muito além disso. Temos dois exemplos no Brasil. Um,em Belo Horizonte, por conta de manifestações pelo Twitter e Facebook, o prefeito vetou o aumento de 61% do salário dos vereadores da capital mineira.  E um livro, que não teve nenhuma divulgação na imprensa brasileira, vendeu em menos de um mês 150 mil cópias. No Brasil,vender tudo isso de livro é um fenômeno, nem Paulo Coelho conseguiu isso em tão pouco tempo”.

Pedro Ferraz- Jornalista de formação, graduado pela universidade Sant’Anna Salto de São Paulo, especialista em novas mídias e blogueiro desde 2003. Produz conteúdo na Agência nOlé e assessora a parte de imprensa. Ele jura que um dia viverá de artes, mas isso é um sonho bem distante.

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